Reestruturação dos Clubes de Futebol
Os grandes Clubes de Futebol no Brasil possuem maior meio de recuperação econômica, já que contam com muitos torcedores e interessados em investimentos. Disputam a posição em destaque a cada campeonato, o que os coloca em maior evidência na mídia. Porém, não têm sido o suficiente, visto que nos últimos tempos há diversas notícias de Clubes endividados. Com isso, há batalhas travadas em tribunais e diversos artifícios jurídicos para sobrevivência financeira destes. Sem falar nas execuções trabalhistas nos Tribunais Regionais e parcelamentos fiscais especiais. O que dizer dos pequenos Clubes, instalados em áreas fora dos grandes centros, que possuem receitas menores e não geram tanta publicidade, reduzindo os interessados em investimentos e afiliados. Por vezes, sob gestões com pouco aptidão.
A importância econômica dessas entidades, em muitos lugares se igualam às sociedades empresárias, geram milhares de empregos direitos e indiretos, fazendo circular grande quantidade de capital na economia do país. Pensando em uma forma de amparar essas entidades, tramita no Senado o PL 5082/16 do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) que antevê a criação do clube-empresa o que poderia ser uma possível solução para muitos times endividados. O PL passou pela Câmara, mas infelizmente continua parado no Senado, sem previsão para ser votado. Se os tradicionais Clubes da Série A do Campeonato Brasileiro já sustentam dívidas astronômicas, que ultrapassam os R$ 500 milhões, pior estão os do interior, onde as dificuldades se acumulam. Com as medidas restritivas do Covid, a incerteza para o cenário só se agrava, indicando que os problemas de 2020 se estenderão para 2021. Há algumas semanas, o Botafogo anunciou que não tinha conseguido dinheiro para prosseguir com a S/A. Seu presidente Nelson Mufarrej fala em Recuperação Judicial como alternativa. Opção que tem seus riscos e não poderia ocorrer de imediato, já que a Lei da Recuperação Judicial prevê que apenas empresas com dois anos de atividade podem solicitar o mecanismo. Ainda assim, mesmo que a solução não seja viável de imediato, há muito o que fazer, a reestruturação de uma empresa seja ela que tipo de entidade for, deve partir de medidas planejadas. Em geral as empresas se reestruturam partindo de momentos desesperadores, quando pensado e organizado com antecedência, essas medidas podem ser positivas e o sucesso garantido. É certo que o momento é delicado, as medidas ainda são limitadas, e que se faz necessário muitas ações drásticas. Mas é possível e sobretudo, é necessário se organizar para se reestruturar.
A Mirar possuí núcleos de estudos e equipe multidisciplinar para auxiliar no Diagnóstico e Planejamento das ações que podem de fato resgatar este seguimento importantíssimo para o Brasil. Consulte nossos especialistas.